A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, UNESCO, estabelece o dia 23 de abril como o Dia Mundial do Livro e do direito do autor. A iniciativa tem por objetivo a promoção da publicação e a leitura de obras que representam a mais potente ferramenta de difusão e de conservação do saber. Ao homenagear mundialmente os livros, o organismo mostra que sua difusão não só auxilia no esclarecimento de todos aqueles que têm acesso às obras, mas, igualmente, como instrumento de desenvolvimento de maior sensibilidade às tradições culturais em todo o mundo, encorajando comportamentos fundados sobre a compreensão, a tolerância e o diálogo.
No Brasil, o dia 29 de outubro foi escolhido para comemorar o Dia Nacional do Livro, tendo a data sido definida em homenagem à fundação da Biblioteca Nacional, ocorrida no ano de 1810. Na verdade, foi somente a partir de 1808, com a fundação da Imprensa Régia por D. João VI, que começou o movimento editorial no país. O primeiro livro publicado foi “Marília de Dirceu”, de autoria de Tomás Antônio Gonzaga. O crescimento editorial no país teve um grande impulso a partir da fundação, em outubro de 1925 e pelo escritor Monteiro Lobato, da Companhia Editora Nacional.
No entanto, o hábito da leitura em nosso imenso país não constitui uma de nossas maiores características. Pelo contrário. Recentemente, pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos em dez países, incluindo o Brasil, mostrou que as crianças e os adolescentes brasileiros lêem muito pouco, dedicando a maior parte de seu tempo livre a outras atividades que não a busca pela cultura.
Sabemos que nosso país possui um enorme potencial de leitores que, uma vez ‘contaminados’ pelo vírus da leitura, constituirão um autêntico exército de fiéis ledores, que exercerão verdadeiro efeito multiplicador com reflexos diretos na difusão deste hábito, assim como na produção e na venda de livros.
Da mesma forma, sabemos que tanto a criança, como o jovem e o adulto, todos, indistintamente, gostam de ler e lêem razoavelmente. No entanto, para que o ato de ler seja prazeroso, é necessário que o texto proposto desperte e aguce o interesse do leitor. A leitura tem que vir acompanhada da satisfação e deve representar o caminho da sabedoria, ou a forma de despertar o espírito para a reflexão, tornando-se um verdadeiro espaço de liberdade, de imaginação e, conseqüentemente, fonte de alegria e de felicidade.
A experiência da leitura deve se constituir sempre em aventura individual; uma aventura que se inicia imediatamente após a abertura de um livro. Seria como estar sempre exercitando o encanto de uma nova descoberta, seja para o público infantil, juvenil e, até mesmo adulto, que é exercitada a cada nova obra que se lê. O dinamismo do mundo contemporâneo exige que os cidadãos tenham um mínimo de preparação e que sejam capazes de participar e contribuir, efetivamente, para o desenvolvimento e a modernização deste mundo.
Neste sentido, nós da Fundação Aprender para Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia, somos conscientes de que a leitura constitui um dos mais eficientes instrumentos de produção do conhecimento, contribuindo integralmente para a formação de cidadãos capazes de compreender as mudanças e de atuar em um mundo em constante transformação para a formação de cidadãos capazes de compreender as mudanças e de atuar em um mundo em constante transformação.
Certamente a leitura, assim como a escrita, estará contribuindo plenamente para uma formação sociocultural condizente com as necessidades do país, evitando-se a marginalização e a deterioração da qualidade de vida da sociedade.
E é neste sentido que vemos a leitura como um poderoso instrumento de produção do conhecimento, principalmente por estarmos vivendo exatamente a ‘era do conhecimento’. Portanto, a utilização deste instrumento possibilita o contato do leitor com diferentes formas de vivenciar e compreender as inúmeras transformações por que passa o mundo.
Para todos que atuam da Fundação Aprender para Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia, a formação de leitores representa um dos maiores desafios para as sociedades e deve ser encarada como prioridade absoluta da Educação. Pensando desta maneira, imaginamos um Projeto que estimula, em toda a Comunidade, o prazer e o hábito da leitura. Assim, o “Ciranda do Livro” nasce do desejo e da necessidade de, ao aliar duas datas tão significativas para a Educação, contribuir para o desenvolvimento da sociedade em bases sólidas e com riqueza de conhecimento, fundamentais para uma nação em desenvolvimento, como o Brasil.
II – OBJETIVOS
Objetivo Geral
O objetivo geral do “Ciranda do Livro” é o de estabelecer para a comunidade varginhense um movimento de caráter sócio-cultural, despertando o hábito pela leitura e, paralelamente, o pleno exercício da cidadania.
Objetivos Específicos
◦Possibilitar o acesso à leitura;
◦Utilizar e apropriar dos espaços públicos;
◦Realizar 7 edições em 2008 , de abril à outubro;
III – JUSTIFICATIVA
Somos conscientes de que a leitura deve ser vista como prática social e não somente como prática mecânica da aprendizagem. Esta prática social deve considerar a interação do homem com a história, o meio e a realidade em que vive promovendo sua integral transformação.
Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos educadores e gestores educacionais na atualidade, refere-se à criação do hábito da leitura. Na verdade, distribuir livros pode ser visto como um bom efeito estatístico, mas que, no entanto, não atinge o cerne da questão. O maior desafio é o de fazer com que os livros distribuídos sejam, efetivamente, lidos e compreendidos, expandindo aquele hábito.
A leitura de textos literários tem o poder de conduzir o leitor a uma grande viagem, a descobrir novos caminhos, a conhecer novos horizontes. Tem, igualmente, a capacidade de nos fazer refletir sobre outras possibilidades de ação, de nos remeter a outros textos já conhecidos, comparando-os a partir da visualização de semelhanças e diferenças.
De mãos dadas com a escrita, a leitura se torna instrumental valiosíssimo na concatenação das idéias, na ampliação do vocabulário, na conceituação e no inter-relacionamento das questões, enfim, na oportunidade de nos conduzir a, também, uma grande viagem interior.
Para o público infantil, especialmente, encontros voltados para o estímulo à leitura representam um efeito multiplicador extraordinário, com resultados surpreendentes no curto e no médio prazo.
Nos dizeres da Profa. Cínzia Ferreira do Amaral, “se quiser criar leitores, cerque as crianças de livros; que tropecem neles enquanto andam pela escola; que os livros sejam presença tão constante que se torna impossível ignorá-los”. Assim, a visão geral é a de que a melhor maneira de formar leitores é deixar as crianças livres para investigar, folhear e escolher o que bem entenderem. Neste sentido, vamos além e acrescentamos: por que não o mesmo com os jovens e os adultos?
Reconhecendo que somente através dos livros a sociedade brasileira terá condições inequívocas de participar de um mundo em constante transformação, é que a Fundação Aprender para Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia, a partir de sua vasta experiência nas áreas da educação e da cultura, apresenta o “Projeto Ciranda do Livro” para a Comunidade de Varginha.
O “Ciranda do Livro” não tem a intenção de ser ou de se tornar uma “Feira de Livros”. Pelo contrário. Sua operacionalização considera, de forma geral, a troca pura e simples de livros, como fundamento do projeto. O ato de doar um livro e de buscar uma nova leitura, demonstram o grande fascínio que a leitura exerce nas pessoas. Portanto, nada mais correto que estimular este hábito.
IV – APOIO
◦A Fundação Aprender para Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia fará gestões junto ao Executivo Municipal (ou Câmara de Vereadores), no sentido de solicitar o amplo envolvimento no “Projeto”, objetivando autorização para a utilização da praça central do município para a execução do projeto;
◦Do mesmo modo, buscará junto à mídia local todo o apoio necessário à ampla divulgação do “Ciranda”, apoio este fundamental para o integral envolvimento e comprometimento da Comunidade Varginhense e, conseqüentemente, seu sucesso;
◦A participação do comércio, da indústria e de bancos do município é imprescindível na integração de objetivos e toda e qualquer contribuição no sentido de auxiliar na implantação do Projeto é muito importante, o que proporcionará retornos consideráveis em termos de marketing para as respectivas atividades;
◦A participação das instituições de ensino (públicas e privadas – da pré-escola à Universidade) no Projeto é de fundamental importância para a conscientização dos estudantes;
V – OPERACIONALIZAÇÃO
Os principais pontos que deverão ser observados na execução do presente Projeto são:
1.Estrutura física necessária: uma tenda 4X4, o espaço da Praça do ET, livros disponibilizados para troca;
2.Os livros serão administrados durante as edições por 2 pessoas trabalhando em regime de voluntariado;
3.A idéia do Projeto é a da efetiva participação de membros da sociedade num primeiro momento na doação de livros;
4.Neste sentido, crianças, jovens e adultos, indistintamente, participarão dessa “troca de conhecimentos”, oportunizando a leitura de obras e exercitando a própria cidadania.*
5.O “Ciranda do Livro” será realizado em 7 edições/mês de abril à outubro, na praça do ET em horário comercial, das 8:00h. às 17:00h.
Para o ano de 2008, o calendário será o seguinte:
◦1º. Encontro – Sexta, 18 de abril – Dia Nacional do Livro Infantil;
◦2º. Encontro – Sexta, 16 de maio;
◦3º. Encontro – Sexta, 20 de junho;
◦4º. Encontro – Sexta, 18 de julho;
◦5º. Encontro – Sexta, 15 de agosto;
◦6º. Encontro – Sexta, 19 de setembro
◦7º. Encontro – Quarta, 29 de outubro – Dia Nacional do Livro.
6.Uma grande campanha de divulgação do evento deverá anteceder as edições. A campanha deverá ser feita diretamente nas escolas, na colocação de faixas e cartazes pela cidade, na mídia escrita, falada e televisiva, fundamentais para a integral participação da comunidade.
7.A campanha de divulgação do Projeto deverá explorar a expressão: “UM LIVRO QUE VALE OUTRO”, mostrando a intenção do leitor em propiciar, a outro concidadão, a oportunidade de ler aquela obra que tanto lhe proporcionou prazer. Da mesma forma, este leitor terá grande interesse em pegar outro livro que alguém doou;
8.A campanha poderá, da mesma forma, estimular o cidadão que possui diversas obras em casa a dividir algumas delas, através da doação, com outros leitores da Comunidade, promovendo uma verdadeira socialização da leitura.
9.A visão é a mesma para os livros infantis, com o grande benefício do efeito multiplicador desta ação junto às crianças. Para os jovens, o livro de histórias que tanto fascinou e estimulou sua imaginação infantil, poderá fazer o mesmo em outra criança.
10.A participação efetiva do setor público e do empresariado local é fundamental para auxiliar o “Ciranda do Livro” a atingir os objetivos de despertar o hábito da leitura e exercitar plenamente a cidadania a partir da troca e/ou doação de livros.
11.O estímulo financeiro ao “Projeto” deverá ser direcionado para a montagem da estrutura na praça (Tenda e material de divulgação).
12.A presença das instituições de ensino de toda a região, além de estimular a participação de seus próprios alunos, será imprescindível para o fortalecimento da leitura na própria escola.
VI – RESULTADOS ESPERADOS
Espera-se, com a implementação do presente projeto, criar em toda a sociedade Varginhense uma verdadeira cultura do livro, utilizando, ano após ano, as datas comemorativas do Dia do Livro para introjetar o hábito da leitura, formando consciências e preparando nossas crianças e jovens para enfrentar os desafios de um mundo cada vez mais competitivo e seletivo.
Parcerias firmadas para todo o ano de 2008:
◦Parceria com a Secretaria Municipal de Educação
No envolvimento das escolas municipais, transporte da tenda e dos livros e na arrecadação de livros.
◦Parceria com a Prefeitura Municipal
Na divulgação e nas doações de livros.
◦Parceria com a Secretaria de Obras
Mão de obra para montar a tenda.
◦Parceria com meios de comunicação
Divulgação do projeto.
Demais parcerias
◦Projeto Aceita Cultura? com açúcar ou adoçante?: doação de metade das camisetas para os voluntários;
◦Restaurante Sabor de Minas: almoço para os voluntários;
◦Opção Artes Gráficas: doação de 3.000 etiquetas para os livros;
◦Free Mesa: disponibilização gratuita da tenda;
◦Sítio Pachamama: doação de metade das camisetas para os voluntários;
◦Padaria Belpão: lanche para os voluntários;
1ª Edição – 18 de abril – Dia Nacional do Livro Infantil
114 livros trocados
Tenda pronta para trocas! Voluntárias: Guta, Monique, Shirley, Débora e Luciene.
Tenda “Ciranda do Livro”Visitante lendo o texto do projeto e voluntárias a postos.
Painel com texto explicativo do projeto e espaço para recados.
Recado deixado após troca de livro.
Voluntária Shirley encantou as crianças vestida de Emília!
Voluntárias da 1ª Edição: funcionárias da Fundação Aprender Guta e Naionara e alunas do curso de pós-graduação em Psicopedagogia da Fundação Aprender.
Cobertura da Mídia:
◦Impressos: Gazeta, Correio do Sul e Sul de Minas.
◦Tvs: EPTV e TV Princesa
◦Rádios: Vanguarda e Melodia.
◦Impressos: Gazeta e Correio do Sul.
Edição especial de 1° de maio
53 livros trocados
Voluntárias da edição especial: Roberta Gonçalves, funcionária da Fundação Aprender Naionara e alunas do curso de pós-graduação em Psicopedagogia da Fundação Aprender.
Cobertura da Mídia:
Impressos: Gazeta e Correio do Sul.
A voluntária Helenir lendo para as crianças.
As voluntárias Monique e Naionara auxiliando na troca de livros.
3° Edição 20/06/2008
O Projeto aconteceu na Concha Acústica, das 8:30 às 16:00.
Contamos com os seguintes voluntários: Udelvânia, Khênnia, Monique e Rose Ann, todas do curso de Psicopadagogia da Fundação Aprender.
Nesta edição contamos com a participação de 13 pessoas que efetuaram a troca em nossa tenda, destes participantes 3 são frequentadores assíduos, presentes desde a primeira edição.
Dos livros trocados desde a primeira edição 06 livros já retornaram ao projeto.
Contamos com a doação do Sr. Aníbal Albuquerque, com 15 exemplares novos, da Academia Varginhense de Letras. Foram trocados 95 livros e deram entrada no projeto 144 livros, somando a troca e doações.
Um dos visitantes o Prof. Expedito, abriu espaço para divulgação e pedido de doação ao projeto na Rádio Comunitária.
4° Edição 18/07/2008
36 livros trocados
Pessoas interessadas que prometem trocar na próxima edição: aproximadamente 50
Voluntários: Marcela, Luciene e Renata.
Fonte: Fundação Aprender
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