terça-feira, 29 de março de 2016

Projeto "Leitura digital, leitura sem fronteiras"

Divulgando... As informações abaixo foram repassadas pelo Jerson Pita

Estou divulgando um projeto de estímulo da leitura e escrita digital, voltado para crianças e jovens em cerca de 20 bibliotecas comunitárias do Rio de Janeiro. As oficinas serão ministradas no período de 28 de março a 28 de abril, sob coordenação de Benita Prieto – contadora de histórias, especialista em literatura infanto-juvenil e desde 2011 realizando projetos de literatura e escrita em meios digitais. Ainda há algumas vagas disponíveis e as informações poderão ser obtidas em 9 9621-5851 ou contato@codexclube.com 

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 Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura apresentam:

PROJETO “LEITURA DIGITAL, LEITURA SEM FRONTEIRAS” INCENTIVA EM CRIANÇAS E JOVENS O PRAZER DA LEITURA EM MEIOS DIGITAIS 

Há quem diga que a evolução tecnológica, os tablets e smartphones afastam os jovens da literatura e até mesmo do exercício da escrita de textos literários. Diante de um dispositivo móvel, o primeiro impulso é navegar por uma rede social ou algum site de vídeo/entretenimento – atividades que nem de longe despertam na turma em idade escolar algum estímulo de exploração para além daquele “quadrado virtual”. 

Quando constatou esse abismo, Benita Prieto, que é contadora de histórias, especialista em Literatura Infantil, Juvenil e em Leitura, buscou ferramentas, estudou plataformas, aplicativos e hoje está à frente do projeto “Leitura digital, Leitura sem fronteiras”, iniciativa que conta com patrocínio do Programa de fomento à cultura - Viva a Cultura! da Prefeitura do Rio de Janeiro / Secretaria Municipal de Cultura e percorrerá as bibliotecas comunitárias do Lajão do Tabajaras,  Atelier das Palavras do Meninas e Mulheres do Morro da Mangueira, Biblioteca Wagner Vinício de Rio das Pedras e as Bibliotecas Parque da Rocinha, Manguinhos e Estadual, no período de 28 de março a 28 de abril, incentivando o prazer da leitura em meios digitais.

“A oficina estimula as múltiplas possibilidades de leitura e escrita de textos literários em dispositivos digitais com o uso de e-readers e tablets. Partindo da experiência de cada um com o mundo digital e com a leitura, vamos entender os novos suportes que a evolução tecnológica nos apresenta e assim desconstruir mitos e medos” explica Benita, idealizadora e coordenadora da ação.  

O projeto “Leitura digital, Leitura sem fronteiras” é voltado para crianças e jovens atendidos pelas bibliotecas comunitárias, além de mediadores de leitura que trabalhem em projetos sociais.  Durante o projeto, os participantes terão a oportunidade de vivenciar e aprender sobre literatura digital através de atividades como: dinâmicas, diferenças entre os diversos equipamentos digitais atuais, games literários e atividades de leitura e escrita usando os equipamentos digitais, entre outras. 

Sobre Benita Prieto

Uma artista da palavra que estudou Engenharia Eletrônica, Teatro e fez especializações em Literatura Infantil e Juvenil e em Leitura: Teoria e Práticas. Trabalha como Contadora de Histórias do Grupo Morandubetá, desde 1991, com mais de 2000 apresentações por todo o Brasil e vários países. Formou mais de 20 grupos de contadores de histórias e agentes de leitura. Como Produtora Cultural criou feiras de livros, visitas guiadas a espaços culturais, espetáculos de narração de histórias, eventos de literatura, podendo destacar o Simpósio Internacional de Contadores de Histórias promovido pelo SESC Rio, desde 2002. Também é escritora. Dedica-se a promoção de leitura no meio digital desde 2011. Criadora do projeto Codex Clube (www.codexclube.com). Ganhou fomento da Prefeitura para as oficinas Leitura e Hiperleitura no mundo digital em 2015 e Leitura Digital, Leitura sem Fronteiras em 2016..


INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA:
Assessoria de Imprensa: Target Assessoria de Comunicação
Márcia Vilella, Letícia Reitberguer e Jerson Pita
Tels: 21 9 8158 9692 | 2284 2475
 
Descrição: Descrição: assinatura-target2
Jerson Pita
Target Assessoria de Comunicação
21 2234 9621 | 2284 2475 | 9 7965 4313
www.target.inf.br
 

segunda-feira, 28 de março de 2016

Estudo da Universidade de Roma prova que ler deixa as pessoas mais felizes

Rodrigo Casarin

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É senso comum dizer que ler faz bem, que proporciona aos leitores inúmeros benefícios intangíveis. No entanto, é difícil encontrarmos estudos que comprovem essas teses. Ou era difícil. Pesquisadores da Universidade de Roma 3, na Itália, realizaram um trabalho com cerca de 1100 pessoas para encontras a resposta para duas questões: “Quem lê livros é mais feliz do que quem não lê?” e “A leitura melhora o nosso bem-estar”? A conclusão, apresentada no final de 2015 no artigo “The Happiness of Reading”, é bastante clara: os leitores são mais felizes e encaram a vida de maneira mais positiva que os não leitores.
A pesquisa é dividida em tópicos e o primeiro deles aponta que quem lê é mais feliz do que quem não lê. Para chegar a tal conclusão, utilizaram a escala proposta pelo sociólogo holandês Ruut Veenhoven, que mensura o grau de felicidade das pessoas entre 1 e 10. Os leitores tiveram pontuação 7,44, enquanto os não leitores, 7,21, diferença tida como significativa pelos pesquisadores. Como uma outra forma de mensurar a felicidade, também usaram a escala de Cantril – conhecida como a de Bem-estar Subjetivo -, na qual os leitores ficaram com 7,12 e os não leitores, 6,29, em uma métrica igual a de Veenhoven.
Já com a escala de Diener e Biswas, que vai de 6 a 30, os pesquisadores puderam analisar a diferença na maneira que leitores e não leitores vivenciam sensações positivas e negativas. Quem lê tem uma percepção maior de emoções como felicidade e contentamento (21,69 X 20,93), enquanto quem não lê sente mais sensações como tristeza e fúria (17,47 X 16,48).
Por fim, os acadêmicos também constataram que os leitores são pessoas mais satisfeitas com a maneira que usam seu tempo livre, que a leitura é o que há de mais importante para essa gente nas horas de ócio e que, no entanto, ler é apenas a quarta atividade que mais realizam enquanto não estão trabalhando, ficando atrás de praticar esportes, ouvir música e ir a eventos culturais como exposições, teatro ou cinema.
Ou seja, ler realmente nos faz humanos melhores.
Fonte: UOL

segunda-feira, 21 de março de 2016

5 Dicas para ler mais (e melhor!)

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Ultimamente tenho percebido uma dificuldade de concentração em minhas leituras. Estou levando muitos dias para finalizar um livro, afinal, não é fácil arranjar tempo em meio à correria de trabalho, academia e vida social. É possível ter um convívio social saudável e mesmo assim continuar em dia com as leituras. Abaixo estão 5 dicas importantes para aqueles que pretendem otimizar o tempo livre para dar um gás em suas leituras.

1) CARREGUE O LIVRO COM VOCÊ

É a mais simples das dicas, afinal, nunca sabemos quando teremos um tempo livre e, caso ele apareça dentro de um ônibus ou no horário de almoço, com o livro em sua mochila/bolsa, você não terá a desculpa de que não o leu por ter deixado em casa. Isto pode  render a você algumas páginas extras, pois cinco minutos são preciosos para quem quer saber o desfecho daquele romance arrebatador.
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2) RESERVE UM TEMPO PARA LER

Tudo na vida deve ter organização. Se você pretende alcançar seus objetivos com a leitura, deve fazer o mesmo que faria com os deveres da escola ou com aquele concurso que pretende fazer. Reserve um tempo no seu dia para, longe de todas as interrupções, você possa se dedicar à história que está acompanhando.

3) LEIA UM LIVRO POR VEZ

Esta é uma dica mais pessoal. Algumas pessoas afirmam que você desenvolve melhor a memória ao ler vários livros de uma vez, já que se força a buscar na memória o ponto em que parou. Já eu, não consigo. Ao ler um livro por vez, você não terá aquela sensação de que a leitura está se arrastando e, com o término da história, terá a sensação de dever cumprido.

4) TENHA UM OBJETIVO

É bom fazer listas de livros que você já leu ou que pretende ler. Eu, particularmente, tenho uma pilha de livros em minha escrivaninha que me lembra todos os dias que tenho muitos livros ainda a ler.

5) DESCANSE E FIQUE SEMPRE EM FORMA

Fazer exercícios não servem apenas para manter o corpinho em dia. Seu cérebro também ganha com a prática. Quando seu corpo está em forma, você oxigena melhor o órgão e consegue se concentrar melhor naquilo que está fazendo. Descansar é primordial. Se não estiver bem, é certo que não conseguirá desenvolver a leitura em um ritmo agradável.

terça-feira, 1 de março de 2016

É possível ler, mesmo sem saber ler?

É possível ler, mesmo sem saber ler?

Todas as pessoas que convivem com crianças sabem que elas percebem, desde cedo, a importância que a palavra escrita tem em nosso mundo. E por isso, tão logo aprendem a falar e se comunicar com clareza, começam a alimentar o desejo de também aprender a ler.
Nas famílias nas quais os livros fazem parte do cotidiano e encontram-se disponíveis, é comum presenciarmos bebês narrando – a seu modo – os textos das obras que são lidas por seus pais. E depois, assim que dominam a fala, começam também a repetir os textos ouvidos anteriormente, em especial aqueles que possuem uma estrutura repetetiva, que favorece a memorização do enredo.
É por isso que os chamados contos de repetição e acumulação são textos privilegiados para o trabalho com a formação de novos leitores. Especialmente porque resgatam, em sua estrutura, aspectos característicos das narrativas de tradição oral muito antigas, das histórias contadas e recontadas ao longo de muitos anos, atravessando gerações. Contos que também foram acumulando novos elementos, conforme o narrador e o contexto em que eram contados. Ou seja, repetir e acumular faz parte do inconsciente coletivo que permeia os atos de escrever, ler e contar histórias.
Os livros de contos de repetição e acumulação ajudam os pequenos leitores a conhecerem melhor aquilo que estão lendo, aprendendo a estrutura das histórias, reconhecendo palavras e outros elementos que se repetem, além de tornarem o processo da leitura muito parecido com um jogo, no qual, a cada momento, um novo aspecto pode ser acrescentado e, quem sabe, surpreender o leitor.
Nas histórias de acumulação, como em “O grande rabanete”, há sempre um elemento que desencadeia a ação (no caso, o desejo de comer o rabanete) e a repetição de uma mesmo acontecimento (tentativa de arrancar o rabanete) realizada por diferentes personagens que vão se somando ao propósito inicial que impulsionou a narrativa. Essa estrutura ajuda a criança a antecipar o que vai acontecer, com base na repetição, tornando mais fácil a memorização e a compreensão do texto. Dessa forma, podem participar mais da leitura, inclusive assumindo o papel de leitores, mesmo sem saber ler.
Conheça outros livros de contos de acumulação selecionados pela equipe do Leitura Em Rede:
leitura_em_rede_grao_de_milhoGrão de Milho é uma criança muito pequena e corajosa, mas longe de se lamentar do seu tamanho, ele quer sair e fazer coisas para ajudar seus pais, e também para se aventurar um pouco. Para não ser pisoteado, Grão de Milho usa uma estratégia para chamar atenção dos caminhantes, ele canta bem alto uma quadrinha muito divertida que assinala a sua presença onde quer que passe. Infelizmente a vida no campo também tem seus imprevistos, e o pequeno termina por se complicar, para desespero de seus pais.
A autora, a espanhola Olalla Gonzáles, adaptou Grão de Milho de um conto popular, e o suiço Marc Targer ilustrou a história com traços simples e divertidamente coloridos.



Leitura em rede - Uma girafa e tantoImagine ter uma girafa por animal de estimação! Mais do que isso, imagine sair para brincar com esse “bichinho” e isso se transformar numa aventura em que aparecem uma cadeira, um chapéu de rato, uma flor, uma vespa, uma bicicleta furada… Esses e outros elementos vão surgindo ao longo de Uma girafa e tanto e sendo anexados ao animal, construindo um jogo de repetição, que retoma o item anterior e lhe acrescenta um novo elemento, movimento que contribui para a ampliação do vocabulário e da concentração dos pequenos.
A cada item que se acrescenta à história, criada toda em branco e preto, novos tons vão sendo dados a ela por seu escritor e ilustrador, o americano Shel Silverstein. Ressalta-se, ainda, a tradução do mineiro Ivo Barroso, que soube manter viva a graça poética do livro, escolhendo as palavras com cuidado, para que a rima continuasse envolvente.


Leitura em rede - A casa sonolentaA casa sonolenta faz parte da coleção Abracadabra que inclui outras obras interessantes da autora americana Audrey e de seu marido ilustrador Don Wood. Apresenta um enredo acumulativo que encanta as crianças e as repetições dão um tom sonolento a leitura. A cada página novos personagens aparecem para dormir na cama até que uma pulga saltitante pica o rato e começa a acordar todos. A ilustração merece destaque, pois as cores utilizadas se modificam de acordo com a atividade na casa, mais sombria para o sono das personagens e mais viva para quando estão acordadas.




leitura_em_rede_o_grande_rabaneteO conto de Tatiana Belinky, ilustrado por Claudios, trabalha com a memória e fazem da história um treino cumulativo de informações para serem repetidas.
A frase curta do início da história cresce com a chegada de outros personagens que ajudam o avô a tirar o rabanete imenso da terra e formam um “cordão” de ajuda e de frases.
As ilustrações também ajudam  compor a diversão e a compreensão de aspectos das relações humanas, como solidariedade, trabalho em equipe, divisão de tarefas, ajuda mútua… com muito bom humor.




leitura_em_rede_o_nabo_giganteTatiana Belinky se inspirou nesse tradicional conto russo para escrever “O grande rabanete”. Na história de Aleksei Tolstói, o desafio é retirar da terra um nabo que cresce demais e fica gigante. Para isso, será necessário recorrer à ajuda de todos os animais da floresta. Com imagens lindas, que acrescentam detalhes à narrativa, o livro pode ser uma ótima oportunidade para conversar sobre como as boas histórias atravessam o tempo e viajam por muitos lugares, aproximando culturas de países tão distantes, como o Brasil e a Rússia.





leitura_em_rede_o_caso_do_bolinhoMais um conto cumulativo escrito por Tatiana Belinky. Nessa história, o protagonista é um bolinho delicioso que sai rolando da janela da cozinha e desafia o apetite de muitos personagens repetindo uma curiosa canção que enche a todos de água na boca e, ao mesmo tempo, garante que o tal bolinho sempre saia ileso. Até encontrar alguém mais esperto do que ele.
Quem será?

Denise Guilherme é Mestre em Educação, formadora de professores e consultora na área de projetos de leitura. Desde cedo, apaixonada por palavras ditas e escritas. Descobriu nos livros um caminho para entender a si mesma e aos outros. E ficou tão encantada com o que viu que decidiu compartilhar com o mundo.

Fonte: A TABA