segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Hospital Universitário de Maceió (AL) incentiva pacientes a ler

A Biblioteca Virtual, vinculada ao Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA), em parceria com o Setor Pediátrico do Hospital e os cursos de Biblioteconomia e Psicologia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), começou a realizar práticas em Biblioterapia. A ação acontece por meio de histórias e momentos literários com o grupo de contadores “Anjos do HUPAA”.
As atividades literárias auxiliam significativamente para a melhora do paciente, que se encontra fragilizado por estar afastado de sua vida pessoal e passando, muitas vezes, por procedimentos invasivos que provocam medo, angustia e nervosismo. Partindo desse entendimento e visando promover maior humanização na unidade, surgiu a ideia de criar um grupo de contadores de histórias para os pacientes e seus acompanhantes.

A Biblioteca Virtual também disponibiliza, nos setores de maior fluxo de pessoas no hospital, caixas para os usuários e visitantes que circulam no HU deixarem ou levarem livros. A bibliotecária Isabel Calheiros, idealizadora do projeto, afirma que a troca de livros e o gosto pela leitura são incentivados, diminuindo a ansiedade dos que estão esperando por consulta médica.

A Chefe da Unidade de Telessaúde, ao qual o projeto está vinculado, Profa. Dra. Rosaline Mota, salienta o grande valor da proposta, já que a sociedade está cada vez mais tecnológica. “O próximo passo será a construção de um projeto que faça uso de ferramentas como jogos interativos computadorizados e e-books para incentivar ainda mais o gosto pela leitura”, afirmou Rosaline.

Para a psicóloga do HUPAA, Vanessa Ferrye, colaboradora da iniciativa, a chegada do projeto despertou inúmeros efeitos positivos nas crianças e adolescentes internados. Além de amenizar a rotina de cuidados, as ações contribuem para redução do distanciamento das práticas escolares. “As crianças contam os dias para a próxima historinha”, contou Vanessa.

Com livros, músicas, histórias, dinâmicas, dobraduras em papel e interatividade, o grupo Anjos do HUPAA apresenta-se às sextas-feiras no Setor Pediátrico do hospital. Para maiores informações: maria.calheiros@ebserh.gov.br / 55 82 3202-3923

Com informações do HUPAA-Ufal

Fonte:  Blog da Saúde

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Pesquisas científicas comprovam que o hábito de ler promove o desenvolvimento do cérebro

“O conhecimento abre janelas para um mundo desconhecido, que é ampliado a partir da boa leitura”, observa o ministro Mendonça Filho (Foto: Isabelle Araújo/MEC) 

Decifrar, compreender, generalizar, sintetizar ou até mesmo propor hipóteses são funções superiores da mente, usadas durante a leitura. Talvez por isso, pesquisas científicas realizadas nos Estados Unidos – Universidade de Stanford ­– e na França – Unidade de Neuroimagiologia Cognitiva do Instituto Nacional Francês de Saúde e Pesquisa Médica (Inserm/Comissão de Energia Atômica e de Energias) comprovam que a leitura faz bem ao cérebro.
 
No Brasil, além de reconhecer a importância da prática, é celebrado o 12 de outubro como Dia Nacional da Leitura, instituído pela Lei nº 11.899, de 8 de janeiro de 2009, que instituiu, também, a Semana Nacional da Leitura e da Literatura.


“Um jovem, uma criança que lê, amplia seu vocabulário, seu conhecimento, sua redação e escrita”, observa o ministro da Educação, Mendonça Filho. “O conhecimento abre janelas para um mundo desconhecido, que é ampliado a partir da boa leitura.”


Cérebro – De acordo com a professora e escritora Lucília do Carmo Garcez, doutora em linguística aplicada, a leitura é fundamental para o desenvolvimento do ser humano. “É como se fosse uma expansão do cérebro”, diz. Ela faz uma comparação com o aprendizado audiovisual, no qual a pessoa age de forma mais passiva. “Na leitura, é preciso ativar diversas camadas de reflexão para compreender.”


Escritora de livros infantis há mais de 20 anos, Lucília destaca a necessidade de uma alfabetização sólida para transformar uma pessoa em leitor. “É importante assegurar que as pessoas tenham uma alfabetização bem consolidada e, depois disso, é preciso que a sociedade valorize a leitura”, afirma.

Além do acesso aos livros, a escritora salienta a importância de as escolas contarem com bibliotecas e de as crianças frequentarem esses espaços. Outras atividades, como feiras de livros e debates com escritores, são citadas. “É preciso que as crianças vejam os leitores lendo e que sejam motivadas a procurar leituras com respostas às indagações interiores que elas têm”, destaca.


Sempre envolvida com o estímulo à leitura, Lucília também visita escolas e conversa com as crianças sobre os mais diversos temas, dentre eles, as temáticas de seus livros. Dentre suas últimas publicações está Tonho e os Dragões, sobre um menino com leucemia. A obra foi escrita para o Hospital da Criança. Outro livro recente é Palavras Mágicas, sobre uma criança que sonha estar em um tapete mágico. Ela desce em um parque de diversões sem bilheteria. Tudo é feito por meio de palavras e boas maneiras, como por gentileza, por favor, com licença, eu gostaria e muito obrigado. A escritora faz parte do grupo Casa de Autores.


Fábulas – Com a mesma vontade, a professora Heucionéia Rocha Bassetto desenvolve projetos na Escola Estadual José dos Santos, da rede de ensino do município paulista de Jales. No ano passado, um dos projetos, Na Trilha das Autorias Misteriosas, foi selecionado entre os ganhadores do Prêmio Professores do Brasil. Este ano, o projeto Fábulas promove leitura, escrita e revisão textual.


O resultado da iniciativa foi uma coletânea de fábulas, feita pelos alunos do quarto ano do ensino fundamental e entregue para a sala de leitura para fazer parte do acervo da escola. “Para o aluno escrever um texto de qualidade ele precisa saber o porquê de escrever esse texto. Quem vai ler o texto? Onde ele vai circular? Qual gênero e qual vai ser a estrutura desse texto? Tudo isso foi trabalhado”, garante a professora.


“Esse projeto tem um propósito didático, porque neles os alunos se sentem parte do processo e do trabalho, se sentem responsáveis pelo que estão fazendo”, acrescenta Heucionéia, ao afirmar que com metas as crianças se envolvem com mais entusiasmo nos projetos.

“Dá gosto de fazer a leitura dos textos produzidos por eles. Trabalham com descrições de cenário, de personagem, marcadores temporais e até técnicas discursivas para evitar a repetição de elementos de ligação”, completa Heucineia Rocha Bassetto, ao comentar a qualidade dos textos produzidos pelos futuros escritores.


“Ler é aprender e é ampliar as oportunidades de educação para as crianças, jovens e adultos também. Ler é uma excelente prática que deve ser cada vez mais cultivada por todos nós”, conclui o ministro.


Assessoria de Comunicação Social 



Fonte: MEC