Regina Amade/ Do Instituto Educacional Imaculada
Contato com livros começa na escola, mas carreira profissional também exige atualização frequente
A leitura, algo essencial para todos, antes de tudo, é um ato prazeroso. A escolha de um bom livro ou de um bom autor parte do interesse que o leitor tem no assunto central do livro escolhido.
Machado de Assis, José de Alencar, Monteiro Lobato, Oswald de Andrade e Mario de Andrade são alguns exemplos de escritores clássicos que, além de agradarem a muitos, são cobrados como cultura geral em provas como os vestibulares.
Para que as leituras desses clássicos e até mesmo para os tão temidos vestibulares se tornem algo natural, deve ocorrer o estímulo, tanto por parte dos pais quanto das escolas, para que as crianças aprendam a gostar de ler.
Em 2002, o Ministério da Educação (MEC) fez com que a Portaria 2.941 entrasse em vigor, tornando obrigatória a redação em todos os processos seletivos nas instituições de Ensino Superior. O candidato que zerar na redação estará eliminado, ou seja, se o aluno não tem base literária e não sabe descrever aquilo que pensa, não ingressará em universidades.
Revistas e jornais são de importância ímpar para a constante informação e absorção de conhecimento. As críticas e discernimentos nascem da leitura e, assim, as opiniões se formam, podendo ser usadas como fortes argumentos.
A partir de uma leitura atenta, se consegue uma distinção do verdadeiro e do falso, ou até mesmo daquilo que já foi transformado pela sociedade.
Quando um aluno consegue unir sua bagagem escolar, a estruturação de um texto e bons argumentos para defender sua tese, nasce a redação que, por sua vez, pode ser decisiva para sua entrada na faculdade.
Ao se tornar universitário, mesmo que não tenha o hábito e até mesmo não goste de ler, a leitura torna-se mais uma vez obrigatória em todos os campos do conhecimento.
Na área de exatas, o entendimento do exercício é primordial. É fundamental para sua realização. Já na área de humanas é mais que essencial, pois permite a compreensão e o entendimento das ações do homem. Na área de biológicas, pela leitura, o profissional consegue a explicação para os fenômenos que estuda e analisa.
Universidade
Para a aluna de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Larissa Amade Marques, "a leitura torna-se essencial e é uma forma de entendimento. Temos que ler códigos, jurisprudências, doutrinas e os textos deixados pelos professores. No meu curso, ler é entender, estudar, argumentar. Afinal, está tudo escrito".
Profissão
Passando da faculdade para as profissões, a professora de Língua Portuguesa Sílvia Maltoni Ferreira completa: "Ler é integrar-se com o universo; é obter aquilo que desejamos saber. É desvendar os mistérios existentes e buscar, por meio da leitura, sua própria verdade e a verdade do outro."
Já para o engenheiro Fernando César Ferreira, o hábito da leitura expande a visão de mundo. "Teríamos muito mais êxito em nossas vidas se nos preocupássemos em ‘ler o mundo’ e analisá-lo melhor por meio dos livros. A leitura me proporciona conhecimentos culturais e muito mais habilidade com as coisas e com as pessoas."
A leitura de jornais é uma visão crítica de mundo, de cotidiano, de realidades, em que o leitor tem a oportunidade de fazer a sua leitura de vida, se educando e se tornando um cidadão crítico frente às transformações sociais.
Fonte: Correio Popular
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