Vivo falando do tema aqui e, claro, não se esgota nunca a necessidade de repeti-lo. Incentivo à leitura é tarefa em conjunto e que não acaba nunca. Aí está uma de suas maravilhas, inclusive.
Hoje volto ao tema para citar trechos de uma entrevista que o escritor e poeta Fabrício Carpinejar – colunista da CRESCER, veja aqui – concedeu ao portal do MEC. Perguntado sobre o papel da escola, ele disse:
“A escola precisa entender que a criação e a leitura devem andar juntas. Não basta ler poesia, a criança depende de uma oportunidade para brincar com a poesia, escrever, entender como funciona, que ela não é à procura da beleza, é a procura da verdade. De uma verdade pessoal. Nada substitui a descoberta de um dom. Ler é um dom como o de escrever. Requer cuidado, afeto e disponibilidade para unir o que está sendo estudado com aquilo que está sendo vivido pelo estudante. “
E, sobre o lado da família nesta história,
“A tarefa de casa não precisava existir na escola, é da família. O livro sempre foi um elo para entender meus pais. Deixavam cartas dentro das obras, trechos sublinhados. O livro é a toalha de mesa do café da manhã, do almoço e da janta. Objeto acessível, que não era endeusado. Muitas vezes, os pais criam bibliotecas para a criança pedir licença para mexer. Biblioteca tem que ter a naturalidade de nosso braço. É puxar de cima e amar. Assim como o hábito de contar histórias seduz a criança. É um teatro que ela dispõe por alguns minutos para ouvir a voz paterna e materna. Depois, eles vão procurar a voz dos pais nos livros e vão encontrar a sua. O livro fica em nossa vida quando emoldurado de encontros afetuosos. Todo jovem tem uma trilha sonora, eu tenho uma biblioteca para ouvir e guardar minhas mais fortes recordações. A escrita pode ser tão atraente quanto à música. Está esperando bons intérpretes.”
Talvez o amor aconteça de uma forma menos complicada do que imaginamos. Basta tentar.
Para quem quiser ver mais, confira o blog dele.
Fonte: Revista Crescer
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