sábado, 20 de março de 2010

Em busca do jovem leitor

Na era da internet, o adolescente intensifica o contato com os textos e faz cair por terra o mito de que não tem interesse pela literatura.

A cada lançamento da saga do bruxo adolescente Harry Potter, criado pela escritora britânica J. K. Rowling, as livrarias de toda a metade ocidental do mundo se viam invadidas por um contingente extra de clientes entre os 12 e 18 anos. Isso sem contar os ansiosos que realizavam uma verdadeira caça na internet em busca de trechos, versões, comentários ou qualquer outro texto sobre o assunto que pudessem ser consumidos avidamente antes da chegada dos livros às prateleiras. A despeito da qualidade literária desse material, o sucesso desse tipo de leitura – não somente a do bruxinho, mas também de outras sagas, como O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien, As Crônicas de Nárnia, de C. S. Lewis, e Caçadores do Crepúsculo: Vampiros em Guerra, de Darren Shan, entre outros – tem chamado a atenção de estudiosos da área da literatura e educação.


O que essa aceitação fenomenal revela? A engenhosidade marketeira dos autores e editoras ou um adolescente que mantém o hábito de ter um livro na cabeceira? “Eu não tenho dúvidas de que o jovem de hoje lê mais”, afirma a doutora em teoria e história literária Célia Regina Delácio Fernandes, especializada em literatura infantojuvenil. “Hoje a gente vive no mundo da escrita, e o que a sociedade atual demanda? Leitura. O mundo do jovem é todo rodeado de escrita. Se a gente for pensar que nos chats [salas de bate-papo], Orkut [rede de relacionamento], blogs [espécie de diário online que permite rápida atualização], e-mails, MSN [sistema de troca de mensagens online pela internet] e tudo mais, a gente vê que isso faz parte do mundo dele.”

A professora de literatura infantil e juvenil da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), da Universidade de São Paulo (USP), Maria Zilda da Cunha acredita que todos esses recursos trazidos pela internet criaram um leitor jovem de múltiplos suportes. “O jovem de hoje lê formas diferentes, porque ele tem à disposição uma multiplicidade de linguagens”, explica. “Logo, nesses termos, ele lê mais. O que ocorre é que com essa disponibilidade de linguagens que ele tem à sua volta, e essa necessidade de ler tanta coisa, o tempo dele para a literatura impressa é menor, porque o tempo dele fica mais dividido.”

Célia Regina, também diretora da Faculdade de Comunicação, Artes e Letras da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), no Mato Grosso do Sul, defende a tese de que, seja no papel, seja na tela do computador, a questão a ser estudada não é a falta de interesse do jovem pela leitura, mas, sim, o que esse jovem tem lido.

“O que acontece é que o jovem não está lendo, muitas vezes, o que a escola gostaria que ele lesse, o que nós, especialistas, gostaríamos que ele lesse”, afirma. “Mas o que ocorre é que o jovem, como qualquer outra pessoa, vai ler à medida que aquela leitura tenha algum significado na vida dele, é preciso que tenha alguma finalidade.”
Qual literatura?


Com esse comentário, Célia Regina, autora do livro Leitura, Literatura Infanto-Juvenil e Educação (Eduel, 2007), expõe um antigo impasse na vida de alunos e professores: a leitura obrigatória, na sala de aula ou mesmo na preparação para o vestibular. “Geralmente nas séries iniciais, a escola consegue trabalhar melhor essa questão da leitura”, explica. “Porém, nessa passagem da adolescência, as coisas começam a se perder, porque é quando o professor quer trabalhar um tipo de leitura com que o adolescente não vê tanta proximidade, ele acaba lendo resumo ou pegando coisas na internet para dar conta das tarefas escolares.” Segundo a especialista, o perigo do fosso entre o que está na lista imposta aos alunos e o que está no seu foco de interesse nas livrarias e bibliotecas é o do distanciamento entre a escola e o jovem no âmbito da leitura. “Se o professor chega e fala que o que o jovem está lendo não presta, não é literatura, esse jovem vai pensar: ‘Poxa vida, o professor está dizendo que o que eu leio não serve, que só o que ele quer que eu leia é que serve, como é isso? Então fique aí com o seu Machado de Assis, com a sua literatura, que eu vou ficar aqui com os meus livros’.” Segundo as especialistas, é clara a barreira entre os alunos e os chamados clássicos da literatura nacional – obras de autores como Lima Barreto, José de Alencar e o próprio Machado, entre outros. “Uma opinião muito sincera minha é que, se não houvesse o vestibular, esses jovens não leriam esses livros”, afirma a professora Maria Zilda. “Eles têm um pouco de dificuldade, inclusive, de acesso à linguagem. Eles não buscam [esse tipo de leitura] com boa vontade.” A pesquisadora Célia Regina afirma que, em geral, falta maturidade para o jovem leitor brasileiro poder penetrar no universo dessas narrativas. “Entendimento pressupõe esforço”, diz. “Essas obras são mais complexas, de linguagem mais difícil, e essa complexidade é que mantém uma obra clássica perene. O texto pode até estar datado, mas as reações que isso pode provocar vão se renovar a cada leitura.” Por outro lado, segundo apontam as especialistas, a escola tem um papel fundamental de mediadora para que os jovens “façam as pazes” com os cânones da literatura nacional. “Para você ter esse prazer do texto, para ele provocar essa reação ligada à experiência, o jovem tem de ser apresentado para o clássico de uma maneira agradável, não como a escola tem feito”, analisa Célia Regina. “O professor só vai conseguir formar leitores se ele for um leitor. Ele tem que ter repertório, tem que seduzir os alunos para a leitura, ler muito em sala com eles. Mas você ainda tem um professor que coloca o aluno para ler e sai para conversar com o colega.”

Adaptações

Uma das saídas encontradas tanto pelos jovens quanto pelos professores e pelas editoras têm sido as adaptações desses livros. Na maioria dos casos, o recurso utilizado é a linguagem dinâmica das histórias em quadrinhos. O que, segundo apontam as pesquisadoras, tem seus prós e contras. “Essa questão da adaptação é bastante séria porque, quando você faz a tradução de uma mídia para outra, muda-se o código, o suporte, a linguagem, e a questão da fidelidade [com o texto original] não é a melhor”, analisa Maria Zilda. “Hoje temos muitas adaptações, que são tentativas de aproximação do jovem com os clássicos”, complementa Célia Regina.

“Do Machado de Assis, por exemplo, existe aquela série Reencontro, da [editora] Scipione, que adaptou Memórias Póstumas de Brás Cubas, mas, se você pega esse tipo de adaptação, vê que a mudança é muito radical, que não é mais Machado, é uma outra obra. Não sei em que medida esse tipo de adaptação faz com que o leitor vá depois ler o Machado.” No entanto, isso não significa que os quadrinhos sejam uma forma de leitura que deva ser desprezada. “Tenho verificado que alguns quadrinhos mostram adaptações extremamente engenhosas, que conseguem trazer aquilo que a gente chama de essência de literariedade”, afirma Maria Zilda.

Célia Regina conta que “quando os quadrinhos chegaram ao Brasil foram muito criticados”, mas que hoje se sente uma mudança de visão. “Havia um discurso, nos anos de 1950, segundo o qual não se devia deixar o aluno ler quadrinhos porque isso o afastaria da leitura, por ser uma linguagem muito facilitada etc.”, continua.

“Hoje, agora em 2009, o Ministério da Cultura (MEC) incluiu as histórias em quadrinhos na compra governamental. O governo comprando quadrinhos para distribuir para as escolas é algo inédito.”

O apelo da imagem


De acordo com o professor Elydio dos Santos Neto, do mestrado em educação da Universidade Metodista de São Paulo e que estuda o potencial das histórias em quadrinhos para a formação de educadores, de fato, durante muito tempo houve um grande preconceito por parte da academia com relação às HQs. “Elas eram vistas como um artefato cultural ‘menor’, de ‘segunda categoria’”, informa. “Mas, nas últimas décadas, [os quadrinhos] estão conquistando espaços privilegiados não apenas nas universidades, mas também nas livrarias, ampliando, inclusive, os gêneros nos quais são elaboradas.” Sobre o “potencial literário” do gênero, o professor prefere esclarecer que se trata de linguagens diferentes, cada uma com seus recursos próprios. “Os textos literários descrevem, em diversos estilos, cenas que são mentalmente recriadas pelos leitores”, explica. “Os quadrinhos apresentam, na combinação de imagem e texto, situações em que o ‘mergulho’ e a ‘viagem’ são acelerados pela provocação imagética já fornecida, mas que serão também recriadas e ressignificadas pela subjetividade do leitor.” De qualquer forma, a combinação “adolescentes e HQ”, segundo o especialista, pode tranquilamente ser vista com bons olhos. “As histórias em quadrinhos têm também potencial para a formação de leitores. Mas, mais do que isso, elas favorecem o desenvolvimento de uma maneira diferente de olhar e pensar a realidade.”

Bruxos, anéis e vampiros

Assim como as histórias em quadrinhos, outra febre entre os leitores adolescentes são os best-sellers estrangeiros, séries como O Senhor dos Anéis e o fenômeno Harry Potter. Ainda que alguns torçam o nariz para esse tipo leitura, questionando sua qualidade literária, há estudiosos que acham mais produtivo aceitar o fato de que essa tem sido a escolha de muitos jovens e que é possível, sim, usar isso a favor da educação. “Não vejo problema nesse tipo de leitura”, afirma a professora Célia Regina. “Ela tem a ver com a construção de um hábito de leitura nos jovens. Acho que a escola não pode ignorar isso, enquanto ela o fizer irá continuar com esse fosso entre ela e o jovem. E acho que esse tipo de leitura tem de ser não só respeitada como trazida para sala de aula, para a discussão. Vamos ver o que tem ali que está interessando tanto os nossos alunos.” Segundo a pesquisadora, esses livros atraem pelo universo fantástico que apresentam aos jovens. “Acho que, de certa maneira, esses livros trazem de volta a questão do encantamento, do sobrenatural, dos contos de fadas mesmo”, explica. “Se a gente for olhar para esses personagens, a gente vê que o Harry Potter, por exemplo, é um bruxo órfão de pai e mãe. Isso já cria uma empatia do leitor com relação a ele. E o tem o fato de ele ser bruxo; no caso do Crepúsculo é a saga do vampiro; enfim, a gente vê que, no fundo, existe uma retomada, um resgate do mundo mágico.” Para a professora Maria Zilda, o jovem de hoje vê nesses livros um universo de perspectivas, dado os desafios que são impostos aos personagens, que ele não consegue enxergar na sua realidade. “O jovem hoje tem poucos desafios”, coloca. “Quando se fala de proibições, eles não têm obstáculos a enfrentar. E, com isso, eles não desenvolvem aquele espírito do herói, que precisa passar por provas e realizar conquistas.” Na análise da pesquisadora, é justamente esse herói realizador que o jovem encontra nessas histórias. “O Harry Potter é um herói. Ele é um órfão que passa por mil peripécias.”

Outro ponto que se pode observar no fenômeno de aceitação desses livros é a quebra da noção de que o jovem da era da internet não teria paciência para a leitura mais atenta de narrações extensas. Afinal, os fãs do bruxinho Harry Potter têm de colocar debaixo do braço volumes que passam das 500 páginas, como é o caso do sétimo e último livro da série, Harry Potter e as Relíquias da Morte (Rocco, 2007). “Se interessar, os jovens viram noites e dão conta disso [do tamanho dos livros] rapidamente”, constata Célia Regina. “E realmente são livros bastante extensos.”

Palavras e imagens

Bibliotecas, gibitecas e exposições das unidades do Sesc São Paulo mostram ?como a leitura, em suas mais diversas formas, continua em pauta entre os jovens.

Mesmo tendo sido vistas com desconfiança no passado, as histórias em quadrinhos têm, cada vez mais, ganhado o respeito dos estudiosos de literatura e educação. E uma vez que as HQs sempre tiveram lugar cativo na cabeceira dos jovens, nunca foi tão saudável dividir um pouco o tempo e a leitura entre os livros e essas narrativas cheias de ação e imagens. “O mundo caótico em que vivemos é fruto de decisões reducionistas que temos tomado. E as histórias em quadrinhos trazem a contribuição de favorecer a atuação da sensibilidade”, explica o professor Elydio dos Santos Neto, do mestrado em educação da Universidade Metodista de São Paulo e que estuda o potencial das histórias em quadrinhos para a formação de educadores. “Isso provoca o desenvolvimento de outra maneira de ler o mundo e, conseqüentemente, de tomar decisões. Essa outra maneira tende a ser global e sensível e, contemporaneamente, somos carentes disso.” O professor esclarece, no entanto, que as HQs não dão conta dessa mudança sozinhas. Afinal, há quadrinhos e quadrinhos. “É preciso ser crítico e criterioso também na escolha de histórias em quadrinhos, como se deve ser com a escolha de qualquer artefato cultural produzido pela complexidade humana.”


Algumas unidades do Sesc São Paulo oferecem a oportunidade de tomar contato com o que há de mais rico na produção de histórias em quadrinhos. Seja no espaço da biblioteca – existente em todas as unidades – seja em projetos especiais, os “gibis” estão lá para ajudar a despertar o gosto pela leitura. No Sesc Vila Mariana, por exemplo, existe, desde 2005, o projeto Quadrinhando, que, a cada dois meses, ocupa o átrio da unidade. Lá os aficionados encontram revistas, livros especializados, participam de oficinas e trocam idéias sobre o universo desse gênero. A grade de atividades a cada edição acontece sob um tema. Já a unidade Piracicaba possui a maior gibiteca da rede Sesc. São 270 títulos, que, segundo explica o técnico Chico Galvão, buscam contar um pouco a história da HQ no Brasil e no mundo. “Privilegiamos as edições especiais”, diz Galvão. “Álbuns e edições com capa dura, que possibilitam o empréstimo ao comerciário e usuário da sala.” Aos cerca de 40 visitantes diários que a gibiteca recebe, são oferecidas também oficinas integradas com a Internet Livre, aproveitando o grande número de jovens que frequenta a sala de computadores. “A predominância é de jovens”, informa o técnico. “Mas temos também boa frequência de adultos. A faixa etária gira em torno de 7 a 16 entre os mais novos, mas temos também adultos de até 50 anos retirando gibis.”

No campo da literatura e internet, o Sesc Pinheiros apresenta, até 28 deste mês, a exposição interativa Blooks – Tribos e Letras. O nome vem da junção das palavras book (livro) e blog, união que, segundo a curadora da mostra, Heloísa Buarque de Holanda, professora titular de teoria crítica da cultura da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), representa a última palavra em produção literária: a internet como hospedeira de novas possibilidades de linguagem e suporte. “Quando eu fiz essa exposição [em 2007] eu contratei a Bruna Beber e o Omar Salomão, juvenilíssimos, blogueiros etc., para fazer a seleção dos trabalhos e depois me mostrar”, diz a professora. “Era tudo muito literário. Era fascinante porque aquilo provou que não é verdade que aquela linguagem [tradicional, do livro impresso] tenha perdido a densidade.”
 
O livro e a cidade



Coleção Ópera Urbana, voltada para o público infanto-juvenil, ?traz São Paulo como cenário e personagem das narrativas.
Resultado de uma parceira entre a Edições Sesc SP e a Editora Cosac Naify, a coleção Ópera Urbana reúne escritores e ilustradores para criar uma série de quatro volumes voltada para o público adolescente. “A coleção é composta de ficções inspiradas em espaços urbanos e cada uma delas é acompanhada por um libreto com curiosidades e informações paradidáticas”, esclarece Clívia Ramiro, coordenadora das Edições Sesc SP, vinculada à Gerência de Desenvolvimento de Produtos. “A ideia é trazer o jovem não apenas para mais perto da literatura como também de sua cidade.” Fazem parte da coleção os livros Cidade dos Deitados, de Heloísa Prieto (texto) e Elizabeth Tognato (ilustração); Montanha-russa, de Fernando Bonassi (texto) e Jan Limpens (ilustração); Surfando na Marquise (ilustração abaixo), de Paulo Bloise (texto) e Daniel Kondo (ilustração); e Avenida Paulista, de Augusto Massi (texto) e Carla Caffé (ilustração). “Foi do Augusto Massi a idéia de convidar vários autores para escrever sobre locais da cidade”, explica Heloísa Prieto, co-organizadora e idealizadora da coleção. “Pessoalmente, foi muito gratificante perceber os desdobramentos da proposta. Acabei me aproximando mais da cidade, sua história, seu cotidiano. Espero que a coleção desperte sentimentos semelhantes nos leitores”, conclui a autora.


Literatura virtual


Mesmo ainda longe de destronar o livro, a internet? tem formado uma geração de leitores digitais.
Em palestra no projeto Cartografia Literária, realizado pelo Sesc Consolação em agosto de 2008, a professora titular de teoria crítica da cultura da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Heloísa Buarque de Holanda, chamou a atenção para a volta de uma atividade literária mais vigorosa promovida pela internet. Segundo ela, foi pelo computador que se fez um resgate de uma dinâmica criada no papel. “Você tem uma vida literária de uma intensidade absurda na internet”, disse na ocasião. “Sou professora e sempre me deparo com aquelas perguntas chatas: ‘Mas isso é literatura?”, ‘não seria uma literatura menor?’. Acho que a resposta não interessa, pelo menos não para mim.”


Heloísa afirma ainda que um dos pontos mais interessantes de observar na escrita desenvolvida na rede é o diálogo que ela possibilita entre autores e leitores. “É uma conversa entre pares, entre pessoas mais ou menos da mesma idade.” Sobre o conteúdo dessa leitura na tela feita pelos jovens a professora surpreende ao revelar que tem observado uma volta aos grandes nomes da literatura universal em pleno ciberespaço. “Faço muitas entrevistas e pergunto sempre para esses novíssimos quem eles leem, eles me saem com Flaubert e outros nomes da literatura canônica”, revela. “E na periferia também. O número de jovens que procura por literatura canônica nas favelas é bem alto – inclusive porque não tem livrarias nem bibliotecas naqueles locais. Com isso, o uso da internet para leitura é muito alto.”

A professora de literatura infantil e juvenil da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), da Universidade de São Paulo (USP) Maria Zilda da Cunha acrescenta que nem sempre a rapidez da internet compromete o ritmo mais reflexivo que a leitura de determinados gêneros exige. “A professora Lucia Santaella faz um estudo bastante interessante do perfil cognitivo de três tipos de leitores”, informa.

“O leitor do [surgido no] Iluminismo [período da história intelectual ocidental, no início do século 18, caracterizado pela defesa do pensamento racional em lugar das crenças religiosas], que era um contemplativo e que tinha a sua disposição o texto impresso; o leitor que ela chama de movente, pós-Revolução Industrial, e que sofre múltiplas demandas de informações; e o leitor próprio da era digital. Um tipo de leitor não elimina o outro e o leitor da era digital também tem seu momento de reflexão.”

Fonte: Revista E SESCSP

Um comentário:

  1. tenho 16 anos, sou um jovem leitor e tenho um blog http://ojovemleitor.blogspot.com/ nele publico crônicas, dicas e comentários, ele ainda está no início mas sei que vai gerar frutos, decidi criá-lo para treinar minha escrita pois desejo escrever um livro, todos que tiverem um tempinho entrem lá!

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