Cristiane Rogerio
Neste final de semana tive uma ótima conversa com uns amigos (avós e pais) sobre como escolher o tal "livro ideal" para uma criança. Existe algo que às vezes esquecemos que é simplesmente “gosto”. Sim, livro infantil também é uma questão de gosto, oras. E gosto da criança.
Bem, o papel do adulto, claro, é expandir a oferta. Seja indo a livrarias, frequentando bibliotecas, experimentando as obras dos amigos, a criança tem que degustar suas leituras, isso eu já disse aqui. Depois disso, é observar. Use sua sensibilidade para notar os sinais que ela dá.
É aí que vai um exercício fundamental de aprendizado: com referências ela vai começar a exibir suas preferências por um escritor ou ilustrador. Em pouco tempo você vai saber que comprar um livro da Eva Furnari, por exemplo, vai ser diversão garantida para ela. Ou você vai notar que as ilustrações com carimbos de Fernando Vilela deixam seu filho encantado, com vontade de imitar, estimulado a desenhar e criar.
Assim você também descobre e ajuda a revelar para ele mesmo um estilo de leitura preferido, de ilustração, o tipo de personagem que mais o cativa, a coleção que ele quer todos os volumes. E vai desenvolver também a sua listinha de prediletos e, quem sabe, trocar olhares e perspectivas com o seu filho. Porque em cultura nunca é hora de parar: se ele está indo mais para um lado, é seu papel mostrar outro, buscar novas referências estéticas e artísticas e, juntos, sua casa sempre será palco de conversas cheias de novidades. Tem coisa melhor que uma infância assim?
Fonte: Revista Crescer
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