Cristiane Rogerio
De que adianta tanta variedade se a criança não pode mexer no livro quando bem entender?
Uma vez me contaram que uma pesquisadora da área de peditria havia pensado em andar por um consultório da área com uma câmera que ficasse na mesma altura de uma criança de 1 a 2 anos de idade. A ideia era enxergar o que elas enxergavam – provavelmente pés, tomadas e cabos de computador, além, claro, da visão de cima para baixo, em que veria tudo como gigantesco e inacessível.
Na verdade eu não sei se a pesquisa aconteceu, mas essa imagem jamais saiu da minha cabeça. Perspectiva é tudo e sempre que posso tento me colocar na mesma perspectiva de uma criança. Deixando a poesia e a metáfora que esse assunto pudesse me levar, quero focar aqui em algo bem concreto. Na sua casa, onde é que os livros moram?
Eles estão acessíveis, como na casa da leitora Lidiane Andrade, que comentou aqui na coluna Livro infantil não é livrinho? A criança pode pegar um livro a hora que bem entender? E os seus livros, estarão à mostra, a vida toda? Tem coisa mais estimulante do que uma estante repleta de livros prontos para serem escolhidos? Bem, já enchi vocês bastante de perguntas e agora vai aqui umas coisinhas para vocês ficarem atentos:
- livros devem estar à mão tanto quanto brinquedos
- conforme o bebê vai crescendo, esses livros disponíveis também devem mudar. Quem sabe é hora até de mudar o tipo de estante, principalmente se ela causar aos pais algum receio por peso ou algum risco de machucar a criança
- livro não deve morar somente na estante. Tem que estar na sala, no banheiro, no quarto, no quintal… sempre ensinando, claro, a criança a tratá-lo com carinho, ele pode – e deve – perambular pela casa. A gente tem que tropeçar neles. O mesmo eu digo em relação às escolas: pais, fiquem atentos e vejam onde estão os livros na escola para ver se eles não vivem confinados a uma salinha do tipo “hora-do-conto” apenas…
- aproveite, sim, para que eles façam parte da decoração do quarto
- arrumar a estante de tempos em tempos pode ser um estímulo e tanto: pode começar pela cor, depois pela ordem alfabética do autor ou do nome do livro conforme a criança for se apaixonando e identificando melhor as letras.
Estantes são lindas com livros, mas, vez ou outra pelo menos, eles precisam sair de lá e não somente para as mãos dos pequenos, mas também você deve estimular a troca de livros entre o seu filho e os amigos – nem que seja somente para emprestar. Livro é para ser lido. Mas isso é tema para outra coluna!
Até sempre!
Fonte: Revista Crescer
Uma vez me contaram que uma pesquisadora da área de peditria havia pensado em andar por um consultório da área com uma câmera que ficasse na mesma altura de uma criança de 1 a 2 anos de idade. A ideia era enxergar o que elas enxergavam – provavelmente pés, tomadas e cabos de computador, além, claro, da visão de cima para baixo, em que veria tudo como gigantesco e inacessível.
Na verdade eu não sei se a pesquisa aconteceu, mas essa imagem jamais saiu da minha cabeça. Perspectiva é tudo e sempre que posso tento me colocar na mesma perspectiva de uma criança. Deixando a poesia e a metáfora que esse assunto pudesse me levar, quero focar aqui em algo bem concreto. Na sua casa, onde é que os livros moram?
Eles estão acessíveis, como na casa da leitora Lidiane Andrade, que comentou aqui na coluna Livro infantil não é livrinho? A criança pode pegar um livro a hora que bem entender? E os seus livros, estarão à mostra, a vida toda? Tem coisa mais estimulante do que uma estante repleta de livros prontos para serem escolhidos? Bem, já enchi vocês bastante de perguntas e agora vai aqui umas coisinhas para vocês ficarem atentos:
- livros devem estar à mão tanto quanto brinquedos
- conforme o bebê vai crescendo, esses livros disponíveis também devem mudar. Quem sabe é hora até de mudar o tipo de estante, principalmente se ela causar aos pais algum receio por peso ou algum risco de machucar a criança
- livro não deve morar somente na estante. Tem que estar na sala, no banheiro, no quarto, no quintal… sempre ensinando, claro, a criança a tratá-lo com carinho, ele pode – e deve – perambular pela casa. A gente tem que tropeçar neles. O mesmo eu digo em relação às escolas: pais, fiquem atentos e vejam onde estão os livros na escola para ver se eles não vivem confinados a uma salinha do tipo “hora-do-conto” apenas…
- aproveite, sim, para que eles façam parte da decoração do quarto
- arrumar a estante de tempos em tempos pode ser um estímulo e tanto: pode começar pela cor, depois pela ordem alfabética do autor ou do nome do livro conforme a criança for se apaixonando e identificando melhor as letras.
Estantes são lindas com livros, mas, vez ou outra pelo menos, eles precisam sair de lá e não somente para as mãos dos pequenos, mas também você deve estimular a troca de livros entre o seu filho e os amigos – nem que seja somente para emprestar. Livro é para ser lido. Mas isso é tema para outra coluna!
Até sempre!
Cristiane Rogerio é editora de Educação e Cultura
da Crescer e adora se perder entre os livros.
Fonte: Revista Crescer
Nenhum comentário:
Postar um comentário