quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O difícil hábito da leitura em nosso país

Por: Leo Durval

Sempre quando escrevo um artigo em relação a nosso país, infelizmente tenho que muitas vezes compor um artigo sobre algo de impertinência. Digo bem isso não por ser apenas um educador ou um escritor. Exemplifico isso por ser um cidadão comum que ama a leitura e ama a cultura brasileira que é múltipla e ampla no sentido antropológico.

Segundo um levantamento, indica aumento dos índices de leitura dos brasileiros acima dos quinze anos e ratifica que o espaço escolar é o que mais induz ao universo letrado. Realmente isso pode ser verdade. Mas, o que está na cultura de nosso país e o habito a não leitura que faz com que a crítica não possa a vir. Como bem sabemos, ler nos faz viajar, nos faz escrever melhor, nos faz muito mais pessoas, nos faz mais ainda mais humanos. Ler é tudo. A leitura nos faz sair da ignorância. Entretanto, o que está impregnado em tudo isso é a falta de interesse dos próprios pais no incentivo a leitura. O exemplo disso é bem claro quando vou a Livraria Cultura daqui de Recife e observo crianças, que sem medo de dizer são seletas. São crianças que estão fora da margem de pobreza. Contudo, é isso que os muitos políticos querem, formar pessoas capazes de não serem críticas.

Fiz uma leitura de um artigo da Folha OnLine, em 2006 que dizia que a leitura no Brasil é uma vergonha. Neste artigo explicitava A aversão dos brasileiros aos livros virou assunto da última edição da influente revista britânica “The Economist”. Para a publicação, a situação precária das bibliotecas públicas e o baixo índice de leitura dos brasileiros constituem “motivo para vergonha nacional”, juntamente com o crime e com as taxas de juros.

Leia abaixo uma tradução do texto “Um país de não-leitores” publicado pela “The Economist”. “Muitos brasileiros não sabem ler. Em 2000, um quarto da população com 15 anos ou mais eram analfabetos funcionais. Muitos simplesmente não querem. Apenas um adulto alfabetizado em cada três lê livros. O brasileiro médio lê 1,8 livros não-acadêmicos por ano –menos da metade do que se lê nos EUA ou na Europa. Em uma pesquisa recente sobre hábitos de leitura, os brasileiros ficaram em 27º em um ranking de 30 países, gastando 5,2 horas por semana com um livro. Os argentinos, vizinhos, ficaram em 18º”.

Neste contexto, quero ressaltar a minha dificuldade em que tive em publicar meu primeiro romance. Foi algo quase frustrante, pois, em meio a tantos esforços e dividas que somei até hoje, as vendas dos livros foram algo insignificante, contudo, não desanimo, sigo em frente, e busco me sobressair visualizando minha utopia na construção de um país mais digno e com pessoas com mais senso crítico e com mais habito a leitura. Em meio a isso, algo de pertinente me faz sorrir, A pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, divulgada pelo Instituto Pró-Livro em 2008, mostra que o índice de leitura entre crianças acima de 5 anos cresceu. Segundo o levantamento, a taxa de leitura por pessoa foi de 4,7 livros lidos por ano. Em 2000, foi apenas de 1,8 livro.
O estudo também aponta que a maioria das obras lidas foi indicada pela escola (incluindo os didáticos). Entre os gêneros preferidos pela garotada estão a literatura infantil e a história em quadrinhos. De alguma forma é algo que posso sorrir.

Devemos ser mais precisos, mais críticos, mais audaciosos na construção de um país melhor. Isso parte de nossas casas, incentivando nossos filhos e mais próximos que são o nosso futura. Amem a leitura. Viva a leitura!

Muito obrigado

Perfil do Autor

Acadêmico do Curso de Pedagogia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) e do curso de Filosofia pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Membro da cademia Camarajibense de Letras e da União Brasileira dos Escritores (UBE/PE)Autor do romance Epistola de Um Pensador pela Editora LivroPronto, e de cordeis de carater poético e popular.

(Artigonal SC #1450706)

Fonte: http://www.artigonal.com/educacao-artigos/o-dificil-habito-da-leitura-em-nosso-pais-1450706.html

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