segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Dicas e técnicas

Ler para ser

Ler é saber. O primeiro resultado da leitura é o conhecimento. Ler é trocar. Ler é comparar as experiências próprias com as narradas pelo escritor, recriar ideias e rever conceitos. Ler é dialogar. Ao ler, fazemos perguntas e procuramos respostas. Ler é exercitar o discernimento. Quando lemos, temos a oportunidade de refletir. Ler é ampliar a percepção. É aprender a observar aspectos da vida que antes nos passavam despercebidos. Ler bons livros é capacitar-se para ler a vida. (Adaptado de texto de Rita Foelker)
O mundo dos negócios é repleto de situações onde a argumentação e a persuasão são peças centrais: comunicação; gestão de equipes; escolha de investimentos; fechamento de acordos, entre outros. A inspiração é fundamental para a elaboração de argumentos e para a comunicação. Em qualquer que seja sua atuação profissional, você é um contador de histórias e precisa utilizar algumas ferramentas de comunicação para se expressar com clareza e transmitir suas ideias. Há duas formas de persuadir: uma, por meio de dados, e outra despertando emoções. A primeira tem a argumentação apoiada em fatos e dados estatísticos. No entanto, seu interlocutor tem suas próprias experiências, que, muitas vezes, contestam o que está sendo apresentado e dificultam o diálogo. Neste caso, o convencimento acontece no nível intelectual e a ação ocorrerá apenas por intermédio da razão.Ao contar uma história, despertam-se emoções e traduzem-se conceitos complexos em simples, por meio de argumentos, e, com isso, transforma-se uma realidade, vinculando uma ideia a uma emoção. Mas esta tarefa não é simples, e são necessárias muita imaginação e habilidade narrativa para realizá-la com sucesso.

Crença

Acreditar! Ao contar uma história, para qualquer pessoa, a sua crença é fundamental; do contrário, não haverá convencimento. A relação se estabelece quando quem ouve a transforma em sua própria história, sensibiliza-se, ou faz relações. Para isso, alguns detalhes são importantes:• escrever significa produzir textos por escrito; • produzir oralmente significa recontar textos através da fala;• escutar é um papel fundamental para aprender. Escutar é um dos sentidos que devem ser aprimorados na arte de contar histórias. A união dos sentidos permite um conhecimento maior sobre qualquer objeto ou história:• visão e audição (distância);• tato, olfato e paladar (proximidade, afetividade);• Intuição (sentir o outro através de seu mundo).

Elementos de uma história

Ouvimos histórias desde o útero. Como as histórias expressam experiências humanas conduzem-nos a participar de diferentes vivências, reais ou imaginárias. Elas abrem novos horizontes, instigam a reflexão e são recheadas de valores, que estimulam algumas atitudes e inibem outras. As histórias trabalham elementos e experiências que permitem que nossa mente, ao lembrar e entender determinados assuntos, resgate fragmentos e humanize personagens.

As faces da história

Uma história expressa como e por que a vida muda. Antes de contar, é necessário conhecê-la profundamente e contextualizá-la; destacar seus personagens principais e secundários e suas características e valores. Um exemplo disso? Ao desenvolvermos um projeto profissional, para que ele tenha sucesso, temos de analisar todas as possibilidades e todos os possíveis desdobramentos que o envolvem.Outro passo importante é saber quais são o público e suas expectativas, suas necessidades e seus desejos, seus valores e a linguagem adequada. Esta análise fará com que você saiba os pontos que mais interessam sua audiência e como deve tratá-los. Depois disso, estará pronto para estruturar a narrativa, ou o seu projeto.

• Introdução:
Situe o seu público no tempo e no espaço: contextualize, construa cenários, personagens e apresente o conflito principal. Normalmente, uma história sempre começa com uma situação em que a vida está em relativo equilíbrio, até que ocorre um conflito, que causa um desequilíbrio.

• Enredo:
É a sucessão de fatos que compõem a história. São situações de confrontos, descobertas e dúvidas que humanizam os personagens e revelam o esforço do protagonista para restaurar o equilíbrio.

• Ponto culminante:
É o auge da história. O resultado que o desenrolar da fase anterior nos preparou.

• Desfecho:
Conclusão do relato. Normalmente, encerra a mensagem que desejamos transmitir.

Contar uma história

Ler bons livros, ir ao cinema, assistir a um espetáculo de teatro ou de dança... são momentos nos quais podemos aprender a contar histórias com ótimos exemplos. Afinal um cineasta precisa prender a atenção dos espectadores durante 90 minutos; um escritor, nos instigar a não parar de ler; e assim por diante. Contar uma história convincente é uma ferramenta valiosa ao alcance de todos. Quando a sua história é boa, as pessoas, a partir de seu próprio repertório, são capazes de concluir que você é confiável. "Uma história vale mais que mil palavras; uma história vale mais que mil promessas." Algumas narrativas que podem ajudar neste processo:

1) Histórias pessoais (quem sou)
As histórias deste tipo permitem que as pessoas nos vejam como somos e revelam aspectos pessoais. Um líder é consciente de suas próprias limitações e demonstra grande conhecimento de si mesmo.

2) Histórias pessoais (por que estou aqui)
Estas histórias mostram o suficiente para que as pessoas estabeleçam uma relação saudável entre as vantagens para os dois lados. A influência e o exemplo acontecem de maneira saudável por meio do respeito.

3) Conhecimento
O conforto transmitido a partir do momento que estabelecemos quem somos, a razão pela qual estamos aqui, abre os caminhos para que nossos interlocutores escutem o que temos a dizer.

4) Aprendizado
As histórias, qualquer uma, têm um papel social que sensibilizam os termos “o que é” e “como”, permitindo que adquiram sentido em novas habilidades no mundo real.

5) O valor das histórias
Histórias que transmitem valores demonstram que o exemplo é a melhor forma de ensinar, ou, como diria Paulo Freire, “é a única”. “Os grandes contadores de história – também os grandes líderes, acredito – são céticos que entendem suas próprias máscaras e as máscaras da vida, e essa compreensão os torna humildes” (Robert McKee, roteirista).

Fonte: Educar Dpaschoal

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