O professor pernambucano aposentado Rafael de Menezes, de 80 anos, se dedica a levar cultura e conhecimento às pessoas.
Esta sexta é o Dia Mundial do Livro, uma data perfeita pro Jornal Nacional apresentar a você o professor aposentado Rafael Menezes. Ele tem 80 anos e uma vontade imensa de ajudar as pessoas.
O velho ônibus, com jeito de sucata, leva um tesouro feito de papel, tinta e letras. A biblioteca ambulante vai ao encontro dos leitores, em locais movimentados do Recife. Na estação central do metrô, a surpresa. “Literatura de graça, não paga nada. Pode acreditar”.
Só um presente assim é capaz de atrair quem tem tanta pressa. Tem gente que enche os braços de livros. “Cinco. São pra mim e pras minhas irmãs. Eu tenho quatro irmãs e elas adoram ler também”.
Só no metrô, são distribuídos 800 por dia. As crianças descem o morro para embarcar nas aventuras dos livros.
Professor, ele seguiu a profissão dos pais e dos nove irmãos. Aos 80 anos, Rafael de Menezes se orgulha em ser um semeador de livros.
“É uma semeadura. Estes livros são plantados e frutificam e estas frutas realmente reanimam e alimentam. A educação faz a pessoa crescer”.
Os livros foram ocupando mais e mais espaços na vida do professor. A casa que ele morava se transformou numa biblioteca com cerca de 10 mil exemplares. O corredor foi tomado pelas prateleiras e a antiga cozinha ficou lotada. São tantos livros que o professor teve que procurar outro endereço pra morar.
Ele compra a maior parte dos livros, mas quando precisa de reforço, é só convocar os ex-alunos. São mais de 25 mil voluntários. “Espero que seja de bom proveito para as pessoas que precisem”.
O professor já montou dez bibliotecas em vários estados do Nordeste e faz doações para outras 20. Aposentado, ele nem pensa em parar.
“Isso não para nunca. Isso vai passar para os meus filhos, se quiserem, para os meus amigos, descendentes. Nós temos que fazer com que o povo abra a mente”.
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Fonte: Jornal Nacional
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