A postagem é de 02/07/2013, vale a pena ler
![foto: Divulgação](http://www.sescsp.org.br/files/artigo/04d2991f-0e88-40c1-b7d4-ae193506d562.jpg)
Projetos de incentivo ao contato com o universo dos livros
permitem o acesso de um público variado, incluindo estudantes,
viajantes, trabalhadores e comunidades carentes, ao acervo de
bibliotecas
O incentivo ao hábito de leitura é uma ação consolidada no cotidiano do
Sesc. As unidades Araraquara, Belenzinho, Bertioga, Bom Retiro,
Campinas, Carmo, Pompeia, Ribeirão Preto, Rio Preto, São Carlos, Santo
Amaro, Santo André e Sorocaba possuem bibliotecas e as demais geralmente
contam com salas de leitura ou espaços alternativos onde são
disponibilizados periódicos e livros para consulta.
Para realizar o empréstimo, é necessário que a pessoa interessada faça
um cadastro, apresentando documento de identidade (ou cartão de
matrícula) e comprovante de residência atualizado. As bibliotecas ainda
“promovem atividades voltadas à mediação de leitura, contação de
histórias, encontros com escritores, oficinas e workshops, intervenções e
atividades que envolvem outras mídias e suportes, sempre com o objetivo
de mediar o acervo, aproximando livros e leitores”, explica a técnica
de Literatura e Bibliotecas da Gerência de Ação Cultural do Sesc São
Paulo, Ana Luisa Sirota.
O acervo diversificado permite ao leitor ter acesso a obras nacionais,
estrangeiras, clássicas e contemporâneas, que abarcam os gêneros
romance, poesia, crônicas, contos, novelas e quadrinhos, além de
periódicos, tendo por objetivo atender a todas as faixas etárias. Tendo
isso em vista, Sirota explica que busca equilibrar a oferta das unidades
com expectativas e indicações do público. “A partir de 2014, algumas
unidades estudam a inserção de e-readers e tablets para acesso a
e-livros e outros conteúdos nos espaços das bibliotecas”, afirma.
BiblioSesc
Buscando oferecer o acesso à literatura além das fronteiras de suas
unidades, o Sesc criou bibliotecas móveis, como é o caso do projeto
BiblioSesc. A iniciativa do Departamento Nacional do Sesc, criada em
2001, em parceria com os departamentos regionais da instituição,
“destina-se a promover a leitura através da ampliação e facilitação das
condições de acesso ao livro nas localidades periféricas onde o Sesc
atua, encurtando a distância entre o leitor e o livro, principalmente
para o segmento da população carente de acesso aos bens culturais”,
explica a técnica responsável pela coordenação nacional do Projeto
BiblioSesc, da Gerência de Cultura do Departamento Nacional do Sesc,
Lisyane Wanderley.
Para a realização desse trabalho, cada biblioteca volante conta com um
bibliotecário, um auxiliar de biblioteca e um motorista, que atuam como
mediadores do acervo. Os bairros atendidos são selecionados conforme a
carência de bibliotecas ou de outros equipamentos culturais e recebem
visitas quinzenais, sempre no mesmo dia da semana. O intervalo entre as
visitas corresponde ao prazo do empréstimo dos livros que, para ser
realizado, necessita da apresentação do documento de identidade e um
comprovante de residência.
O projeto, que tem atendimento gratuito, é direcionado ao público
jovem, e suas 54 unidades volantes já atingiram Pernambuco, Acre,
Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, entre
outros estados, totalizando 250 localidades em todo o Brasil. “São três
mil publicações ¿diferentes, cuidadosamente escolhidas e atualizadas em:
literatura brasileira e estrangeira traduzida, de ficção e não ficção,
para crianças, jovens e adultos; livros de complementação escolar e de
interesse geral; jornais, revistas e gibis”, esclarece Lisyane. Segundo
ela, o índice de extravio é menor do que 1% do total de empréstimos.
Mala do autor
Outra iniciativa de apoio à leitura organizada pela instituição é o
Mala do Autor, projeto iniciado em 2013 que faz ponte entre bibliotecas e
escolas localizadas principalmente no entorno do Sesc Interlagos. A
programação propõe “rechear” uma mala com obras de um autor escolhido
para a atividade, além de livros de escritores consagrados que o
influenciaram, somando 30 volumes. “Além do incentivo à leitura, o
projeto visa divulgar as atividades da biblioteca móvel da unidade
Interlagos e possibilitar o acesso de forma mais ampla para os escolares
e seus familiares”, explica o bibliotecário do Sesc Interlagos João
Doescher.
Desde o início do projeto, as malas montadas por dois autores (Marcelo
Maluf e Ferréz – nome artístico de Reginaldo Ferreira da Silva) já foram
entregues em oito escolas – entre elas, a Presidente João Goulart, a
Ibrahim Nobre e a Professor Vicente Rao, que receberam a mala do
escritor Marcelo Maluf, em março de 2013 –, junto com um manual de
possibilidades de utilização para nortear os professores. Após o uso do
material por um período médio de um mês, é organizado um encontro com o
autor selecionado. Para setembro deste ano, já é cotada a participação
da dupla literária Lalau e Laura Beatriz (escritor e ilustradora).
Apesar das sugestões do Sesc, cada escola tem a opção de explorar as
obras da maneira que lhe convém. “A proposta é que seja uma utilização
livre de obrigações. Assim, o projeto pode ser incorporado às
necessidades da escola”, esclarece Doescher.
Baú de Letras
Com o objetivo de aproximar e ampliar o universo literário dos
trabalhadores do comércio surgiu o projeto Baú de Letras, que começou há
mais de cinco anos. Acervos móveis compostos por 80 a 100 livros ficam à
disposição dos profissionais interessados por romances, contos,
crônicas, poesias, biografias, entre outros gêneros, e em alguns casos,
títulos infanto-juvenis, destinados às famílias dos funcionários,
contemplando escritores brasileiros e estrangeiros, clássicos e
contemporâneos.
“A ideia surgiu da possibilidade da extensão deste atendimento às
empresas do comércio da região devido à proximidade física destes
locais, e pelo foco no atendimento a comerciários, premissa da missão do
Sesc”, conta a bibliotecária do Sesc Carmo Luciana Florindo. A
interação literária com os estabelecimentos comerciais se dá nas
unidades Bom Retiro, Carmo, Bauru, Araraquara, Catanduva e Ribeirão
Preto.
Meus Livros de Viagens
O Sesc mostra que é possível viajar por meio da leitura com o projeto
iniciado em 2008 no Sesc Consolação, chamado Meus Livros de Viagens. Por
meio da oferta de pequenos acervos depositados em quatro “malas
viajantes” nos transportes com destino aos roteiros preparados pelo
Programa de Turismo Social, os viajantes são convidados a acessar
conteúdos em formato de livros que podem estar relacionados ao lugar de
destino – como guias de viagens, obras literárias e outras publicações
que abordam os aspectos culturais, a gastronomia, os patrimônios
históricos e as personalidades dos locais visitados –, variando de
tamanho conforme a duração da viagem.
Ao longo do trajeto, o guia de turismo tem a missão de incentivar o
conhecimento do projeto. Os volumes “também abordam as peculiaridades
das regiões a serem visitadas e seus ecossistemas, como a região
pantaneira, as obras de Machado de Assis inspiradas na cidade do Rio de
Janeiro e as poesias de Mario Quintana baseadas no ato de viajar. Mas as
obras literárias e publicações diversas podem ou não estar ligadas aos
destinos visitados, com o objetivo de simplesmente enriquecer a
experiência da viagem”, afirma a técnica da área de Turismo Social do
Sesc Consolação Ana Cristina de Souza. Ela ainda esclarece que os
viajantes têm uma ótima adesão ao projeto e, no momento do embarque, a
mala é logo reconhecida e desperta o interesse pela leitura.
Fonte: Revista e online/SESC
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