De fomentar a inteligência a prolongar a esperança média de vida, a leitura só traz benefícios
O primeiro livro impresso data do séc.
XV, mas antes de Cristo já o Homem começara a escrever em folhas de
papiro, no Egito. Desde então quase todo o conhecimento ficou gravado em
páginas de livros e, nas últimas décadas, as obras publicadas cresceram
ainda mais em número, assim como foram surgindo investigações sobre os
benefícios da leitura.
Na semana em que a VISÃO vai começar a oferecer um livro por mês
com a sua edição imprensa, no âmbito da iniciativa Ler Faz Bem,
deixamos-lhe sete benefícios de ler um livro, segundo a ciência.
Alarga o vocabulário
Nenhuma
atividade expõe uma pessoa a maior e mais diversificada quantidade de
palavras. Mais do que assistir a programas televisivos de conversas,
vulgo talk shows, ou infantis, como a "Rua Sésamo", e mais do que uma
conversa de amigos, mesmo que sejam todos licenciados, é a leitura que
aporta um vocabulário mais alargado, indica um estudo da Universidade da Califórnia.
Desperta a inteligência
A
ciência já mostrou que a genética e a educação são fatores que
influenciam a inteligência, sendo que ler é uma das principais fontes de
conhecimento. Um estudo de 2014 com crianças, realizado por investigadores da Universidade de Edimburgo,
na Escócia, e da King's College of London, em Inglaterra, concluiu que a
evolução das capacidades de leitura "pode resultar em melhorias nas
habilidades cognitivas verbais e não verbais", que "são de vital
importância ao longo da vida". E quanto mais cedo se começar, melhor.
Previne doenças
Correr
e ir ao ginásio são atividades físicas na moda porque o exercício
fortalece o corpo e promove o bem-estar. Mas, por mais variado que seja o
treino, nem todos os músculos são trabalhados. Para garantir que nada
fica para trás, ler um livro é um bom remédio: inúmeros estudos indicam
que a leitura estimula os "músculos" do cérebro e torna-os mais fortes,
podendo atuar como fator preventivo em doenças degenerativas
como o Alzheimer. Está também provado que pessoas com profissões
intelectualmente mais exigentes têm menor propensão para desenvolver
patologias ligadas à deterioração do cérebro.
Reduz o stresse
Nem
caminhar, nem ouvir música, nem beber um chá. Nada resultou melhor do
que ler um livro para acalmar um coração acelerado, segundo uma pesquisa
liderada pelo neuropsicólogo britânico David Lewis, da Universidade de
Sussex. Bastaram seis minutos de leitura para os níveis de stresse das
pessoas que aceitaram participar diminuírem até 68%, contra um máximo de
61% quando tentaram acalmar através da música. Um chá (54%) ou uma
caminhada (42%), outras alternativas avaliadas, mostraram-se menos
eficazes.
Promove a empatia
Ainda que
um livro seja encarado como uma companhia, ler é em si mesmo um ato
solitário. Mas entre os seus benefícios encontra-se também a tendência
para causar melhor impressão nos outros. Um estudo
de dois investigadores holandeses mostrou que a leitura de narrativas
ficcionadas influencia características própria da condição humana como a
capacidade de criar empatia. E esse é um trunfo importante em qualquer
relação, seja pessoal ou profissional.
Combate o envelhecimento do cérebro
Há
uma relação direta entre a atividade cognitiva realizada ao longo dos
anos e a perda das capacidades cognitivas associadas ao envelhecimento
natural, como a memória, o raciocínio ou a perceção. Quanto maior
atenção se dedicar à primeira, por exemplo através da leitura de livros,
mais lenta se torna a segunda, concluiu um estudo de 2013 publicado no jornal científico Neurology, da Academia Americana de Neurologia.
Aumenta a esperança média de vida
Mais dois anos. Em rigor, 23 meses. Como a VISÃO deu conta em agosto, um estudo da Universidade de Yale,
nos Estados Unidos, revelou que, em média, é esse o tempo que vivem a
mais as pessoas que leem um livro 30 minutos por dia, quando comparadas
com as que não o fazem. Os investigadores chegaram a esta conclusão ao fim de 12 anos de estudo, publicado no jornal Social Science and Medicine.
Fonte: Visão
Fonte: Visão
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